Proposta quer inserir no mercado de trabalho pessoas que pedem dinheiro nos semáforos
Órgãos de proteção de crianças e adolescentes e entidades privadas do estado do Amazonas, reuniram-se de forma virtual, na tarde desta terça-feira (20), com o objetivo de traçar um programa que capacite e oferte vagas no mercado de trabalho para pais das crianças e adolescentes que pedem dinheiro nos semáforos de Manaus. A iniciativa foi do presidente da Comissão de Promoção e Defesa das Crianças, Adolescentes e Jovens da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPDDCA-Aleam), o deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas).
“Estamos muito preocupados com o número crescente de crianças e adolescentes que são expostos, diariamente, aos mais diversos riscos, para pedirem dinheiro nos semáforos. Apesar das ações que temos realizado com o apoio da ‘Rede de Proteção’, os pais precisam encontrar meios para saíram dessa situação de miséria e terem a oportunidade de um emprego, que lhes dê dignidade”, afirmou o parlamentar.
A representante do Senac, Ellen Castro, colocou o órgão à disposição para levar o projeto adiante, de forma que capacite, crie oportunidades e incentive o empreendedorismo. “Precisamos fazer algo efetivo. Não só promover uma qualificação, para dar uma atividade para eles, mas algo que possa se converter, por exemplo, numa atividade empreendedora. Além disso, o sistema Fecomércio, Sesc e Senac pode fazer um link com o mercado empresarial para que essas pessoas possam ser absorvidas. Acho que isso seria uma grande contribuição” afirmou.
O representante da Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL), Manoel Joaquim, manifestou-se favorável ao projeto e sugeriu, também, a criação de um local de capacitação para que os jovens se tornem mais competitivos, quando chegarem no mercado de trabalho e tenham condições de conquistarem sua vaga.
Ao final do debate, Álvaro Campelo marcou, ainda, uma visita ao Senac, na segunda-feira (26) para dar continuidade à proposta de capacitação e empregabilidade para as famílias em situação de mendicância e anunciou que, no próximo dia 28, a Comissão vai iniciar uma campanha com distribuição de panfletos informativos, no sentido de conscientizar a população de que “dar esmola” não é a solução para ajudar essas crianças e adolescentes.